Mais consumidores pretendem comemorar os eventos do Final de Ano. A intenção de 67,4% supera os festejos do ano passado, que chegou a 57,9% Negócios realizados por ocasião dos festejos de Fim de Ano, que englobam o Natal e o Ano Novo, são sempre esperados com bastante expectativa por empresários e gestores do comércio varejista e dos serviços de alimentação. A Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, realizou a sondagem de opinião, no período de 20 a 24 de novembro, fazendo 2.500 entrevistas entre consumidores (1.417) e empresários/gestores (1.083) nos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), da RM Expandida (RME), do Agreste e do Sertão.
A proporção de consumidores com intenção de comemorar as festas neste fim de ano é maior que a de 2016, verificando maior intenção na RM expandida e menor no Agreste. A parcela corresponde a 67,4%, superando o registrado para ocasião em 2016, que chegou a 57,9%. Em termos regionais, é na RM Expandida onde é mais elevada a proporção de pessoas que intencionam comemorar ambos os eventos com 70,6%, região que no final do ano de 2016 revelou a menor intenção com 49,9%. No Agreste, a intenção de comemorar foi menor, embora também expressiva. Já entre os consumidores do Sertão a proporção se eleva em 2017 para 66,0%, quando no ano passado correspondeu a 57,2%.
A proporção dos consumidores entrevistados que pretendem comemorar somente um dos eventos nas festividades do final de ano é relativamente pequena: 10,7% preferem comemorar apenas o Natal, enquanto 8,0% manifestaram intenção de festejar o Réveillon. Entre os consumidores que não pretendem comemorar os eventos de Natal e Ano Novo, estarem sem dinheiro ou com pouco dinheiro e estarem desempregados ou endividados foram os principais motivos mencionados pelas pessoas.
Comemorar em casa tem sido nos últimos anos a principal forma de os consumidores pernambucanos celebrarem as festividades do final do ano, sendo a forma predominante entre 67,5% dos entrevistados, proporção que nos festejos do ano passado representou 64,0%. A tradicional forma de presentear as pessoas foi apontada por 65,4% dos pernambucanos com o ticket médio dos gastos previstos de R$ 293,00, que em 2016 correspondeu a R$ 223,00, com a quitação das compras de presentes preferencialmente por pagamento à vista, em dinheiro ou debito, por 59,8% dos consumidores e pagamento por meio de cartão de crédito representando 37,5% das respostas.
Já o gasto médio sugerido pelos consumidores com comemorações de Fim de Ano 2017 em bares e restaurantes chega a R$ 150,00, valor que em 2016 correspondeu a R$ 173,00. Como tradicionalmente ocorre, o item “Roupas ou acessórios de vestuário” permanece como opção preferencial de consumidores pernambucanos para presente de Fim de Ano 2017 com 53,6% das indicações. O segundo item na escala de preferência, como ocorre nos últimos cinco anos, é “perfumes e cosméticos” (33,8% das respostas). Como terceira opção, o que também se verifica nos últimos anos, vem “sapatos, sandálias e acessórios de couro”, indicado por 26,8% dos consumidores entrevistados. Em proporção mais reduzida tem-se a preferência por “joias e bijuterias”, item indicado por 16,8% e “bolsas, mochilas e carteiras” por 13,2% dos consultados.
Empresários/gestores revelaram melhores expectativas sobre as vendas de Fim de Ano
No comércio varejista, a variação estimada das vendas é maior, alcançando 5,5% enquanto nos serviços de alimentação esse percentual fica em 1,8% – relativamente ao ano passado. Espera-se que em shoppings seja maior o crescimento das vendas: 8,3% em lojas e 4,8% em praças de alimentação. Para estabelecimentos tradicionais, as estimativas de variação são de 4,4% para o comércio e de 0,5% para bares e restaurantes. Em todas as regiões, o maior crescimento é esperado por empresários/gestores do comércio, com variação de 5,3% na RM Expandida, 4,5% no Agreste e 9,1% no Sertão. Nos serviços, as variações estimadas são de 2,0%, 1,3% e 0,8% na RM, no Agreste e no Sertão, respectivamente.
Entre os empresários/gestores que esperam redução das vendas, o desemprego elevado e queda da renda familiar são os principais entraves para a expansão dos negócios. Já os que estão otimistas sobre as vendas no Fim de Ano 2017 acreditam que as próprias estratégias de venda e a melhora nas expectativas do consumidor devem animar e aquecer as compras para o Natal e o Réveillon. O Comércio eletrônico deverá ser importante ferramenta de vendas para 27,0% dos empresários/gestores no comércio e 19,7% nos serviços. Trata-se de recurso que tende a crescer em anos vindouros.
No comércio, devido à expectativa sobre vendas, ocorre um leve aumento na proporção dos agentes que intentam contratar mão de obra temporária (38,4%, contra 36,6% em 2016). Nos serviços, tal proporção se reduziu de 25,1% em 2016 para 18,3% dos empresários/gestores em 2017.