
“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade”. Neste trecho da obra Felicidade Clandestina da escritora brasileira de origem judia, nascida na Ucrânia, Clarice Lispector (1920 – 1977), descrevia sua ardorosa paixão pela literatura. Um amor que, apesar das previsões pessimistas dos últimos anos, em virtude das novas tecnologias, ainda não morreu.
Hoje, o mercado editorial caminha de mãos dadas com o marketing e, desta forma, as publicações impressas ganham o posicionamento de um produto com uma atenção especial que vai além de colocar anúncios em jornais, ou colocar cartazes em livrarias, como no passado.
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