Por trás do amor às marcas

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Katiana Mirlla Costa Lacerda, sócia da Assertiva Comunicação

Na década 80, figurinhas expressivas e divertidas traziam um curioso modo de expressar o amor com a característica frase: “Amar é…” Este sentimento realmente pode ser expresso de várias formas e, na atualidade, este conceito é a receita para negócios eternos entre empresas e pessoas. Afinal, todo mundo tem uma marca do coração, aquela a qual sempre é fiel e assíduo na hora de compra. E este sonho é cada vez mais difícil de obter, mas, quem consegue atingir este patamar de relacionamento com o consumidor, definitivamente está no paraíso. “Amo loucamente a Melissa. Minha relação com a marca começou na infância, quando era apenas e tão somente Gredene, sem todo esse glamour. Sempre adorei essa sandália de plástico, o colorido das coleções, o desing de alguns modelos e adoro as parcerias com nomes de pés do mundo da moda como: Jean Paul Gaultier, Elizabeth Seneville, Thierry Mugler, Vivienne Westwood, Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Thais Gusmão e Adriana Barra. Às vezes, tenho uma relação de ódio mortal com a marca, principalmente, quando lançam coleções terríveis e quando abusam no valor dos produtos. Acesso o site da Melissa todos os dias para conferir as novidades”, declara a jornalista Katiana Mirlla Costa Lacerda, sócia da Assertiva Comunicação (PE).

O poder da marca é algo tão fundamental que algumas se tornaram referências únicas em seus segmentos como a inovação tecnológica e a Apple, ou a liberdade e a Harley-Davidson, que foi destaque em vários filmes como Sem Destino (“Easy Rider”, de 1969). E esta é uma relação que normalmente vai além de qualquer momento pontual da sociedade ou da moda envolta ao produto-empresa. “Entre as marcas que eu amo, posso destacar Starbucks e Red Bull. E minha relação com elas, assim como a de muitas pessoas, não chamaria de modismo, mas é, de fato, um fetiche. Pelo menos no meu caso, o posicionamento consolidado das marcas através de esforços de comunicação e branding, reforçados pelas recentes investidas em comunicação em redes sociais de ambas, são os principais motivos de eu ter essa relação de afeto. No caso do Starbucks, a experiência no PDV também influencia”, diz gestor de projetos em redes sociais da E.life (SP), Paulo Azevedo.

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Gestor de projetos em redes sociais da E.life (SP), Paulo Azevedo

A forma como as empresas se portam com o seu consumidor e a qualidade do produto que este leva consigo é a força motriz. Numa pequena enquete no Facebook, 16 pessoas expressaram o seu amor a mais de 43 marcas em uma hora de interação na rede, ajudando a detectar os vários motivos que contribuem para a criação desta relação. “O Marketing 3.0 já dissemina marcas preocupadas com o social e com espírito humanitário, de presença coletiva. Marcas que ressaltem aos olhos e ao coração do público por serem solidárias, apaixonantes, criativas, sinceras, objetivas e bem-humoradas. Quem não gosta de pessoas assim? É a convergência do Marketing, sendo utilizadas diversas ferramentas do marketing pessoal para a humanização e valorização de marcas. Não basta apenas se fazer presente e lembrado, mas ocupar um espaço único e singular no coração do público”, frisa o VP de planejamento e criação da MV2 Comunicação (PE), Elmo do Val.

E, desta forma, não se pode esquecer que adaptação da marca a sua realidade atual é uma necessidade, que proporciona a reciclagem do amor e a conquista de novos usuários, evitando o ostracismo. “A Farm me conquistou tanto pelas roupas, que são lindas e exatamente como eu gosto, quanto pela forma como eles lidam com os clientes. O site deles é totalmente personalizável (a rádio é maravilhosa, com playlists para cada situação, e você pode montar a sua), os produtos sempre têm embalagens incríveis e até o cheirinho de tudo é maravilhoso. Por exemplo, se você compra um biquini recebe junto um escapulário com fotos do Cristo Redentor e uma oração pra não chover na praia. A Farm conseguiu consolidar o modelo de negócios de um jeito tão legal que hoje em dia existe até curso sobre isso, o Farm Fashion Business (oferecido pela Perestroika, que é bem badalada)”, pontua a Social Midia da ThinkY (SP), Lucélia Brito.

* Parte de matéria de capa sobre Lovemarks, produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Setembro/ 2012, número 150.

Amor além do conceito

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Diretor de planejamento e novos negócios da Ampla, Fernando Lima

Diferenciação diante da concorrência é um fator primordial hoje, pois são elas que agregam valor aos produtos e tornam as marcas lembradas e, consequentemente, transformam este recall em amor, em muitos casos. “Vivemos alguns períodos evolutivos naquilo que chamamos arquitetura de marcas. Há pouco tempo tínhamos fregueses. Agregamos valores percebidos às marcas e transformamos esses fregueses em consumidores. Deitamos em berço esplêndido e quando acordamos percebemos que mais do que consumidores, o que as marcas necessitam para garantir fidelidade são fãs. A coisa funciona como numa relação de casal. Se a marca usa perfume, faz carinho, diz coisas que o consumidor quer ouvir, e não fica apenas se auto-elogiando, o relacionamento se consolida. Conquista e fideliza quem se relaciona, e não apenas anuncia. O anúncio cai no esquecimento”, diz o diretor de planejamento e novos negócios da Ampla (PE), Fernando Lima.

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Na mente e no coração do consumidor

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Bruno Scartozzoni, creative planner da Ativa Esporte

Os consumidores não percebem os resultados dessa veneração às marcas ou as suas importâncias nestes papéis específicos. E apesar de não estarem preocupados em adorá-las, percebe-se que, em muitos casos, é muito fácil chegar ao coração delas. Mas, o difícil é se conscientizar do que é necessário para alcançar este patamar e o mais crucial é como manter-se enraizada: prestar um bom serviço, surpreender seu público constantemente, manter um bom carisma no relacionamento e comunicação verdadeira. “As pessoas, em geral, são desconfiadas das marcas. Há várias pesquisas que mostram esse fenômeno. Isso é resultado de décadas de políticas que deixavam o consumidor em segundo plano, quando, no fundo, melhorar a vida delas deveria ser o propósito de qualquer marca. Nesse sentido as Lovemarks são as exceções que confirmam a regra, ou seja, fenômenos muito particulares. E aí a tendência é olhar para essas marcas e querer aprender com elas”, comenta Bruno Scartozzoni, creative planner da Ativa Esporte (SP).

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A força daquelas entre as mais amadas

9003_KR_DuncanCole_billy_appleNesta era da economia da atração como traçou Kevin Roberts, há muitos desafios e percalços. Mas, o caminho do sucesso traçado por algumas marcas mostra retornos insuperáveis no principal capital: o humano. É esta lição que a Natura, a Coca-cola e a Skol apresentam para o mercado com direito a prêmio por serem as marcas mais amadas pelo público brasileiro em suas categorias, na pesquisa “As Marcas Mais Amadas do Brasil”, realizada em maio pela Consumidor Moderno. “A Natura é uma empresa de relações e nós acreditamos que o carinho e amor pela marca são conseqüências da forma como nos relacionamentos com todas as pessoas, nossos consultores, consumidores, fornecedores e colaboradores. Ao longo dos anos a Natura se consolidou como uma marca com a qual as pessoas se identificam, sempre mostrando consistência e credibilidade em sua atuação”, diz a gerente de marketing do Norte e Nordeste, Mariana Amazonas.

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Conhecendo o universo do Marketing Digital

Estratégia-Comunicação-DigitalTrabalhar com redes e mídias sociais hoje é muito importante para a publicidade, porque as marcas conseguem estabelecer um contato mais direto com os clientes, num processo de via de mão dupla. E, mais do que isto, possibilita para o marketing e para a propaganda a extração de “insights” para as campanhas. “As redes sociais ajudam na criação da marca também, justamente pela proximidade com o público. A rapidez no desenvolvimento da campanha e na resposta do público é maior e mais rápida. Enquanto que a campanha está no ar, dá para saber os caminhos e os impactos dessa propaganda, se é positivo ou negativo, verificar os resultados alcançados e conseguir modificar os caminhos da campanha enquanto ela está na rede social”, pontua Sergio Akash, CEO da empresa Zarabatana Digital.

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A atuação no marketing digital

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Ludmilla Veloso, sócia fundadora da Freeck Digital Marketing

Na opinião deste especialista, as empresas ainda estão aprendendo a usar e, desta forma, é importante entender os conceitos deste “novo mundo” e o seu mar de possibilidades, que congrega diversas ferramentas à mão. “Primeiro deve-se entender para que serve cada ferramenta. Adwords é muito bom para geração de tráfego. Twitter é excelente para marketing direto em ambiente digital e o Facebook é ótimo para desenvolver conversas. Só depois disso criar comunicações adequadas para cada ferramenta. Links Patrocinados vem crescendo muito e ainda tem muito a crescer. Ao contrário de outras mídias, eles permitem uma mensuração clara de retorno e este é da ordem de 10 x 1, no mínimo para e-commerce. Para serviços, os retornos podem ser da faixa de 400 x 1 (R$400 de retorno para cada R$1 de investimento). O Adwords e o AdSense também são excelente opções. Rede display (Adsense) é uma ótima maneira de atingir o consumidor quando ele está procurando com alguma informação relevante, mas é importante lembrar que o comportamento dele nesse momento é bem diferente do comportamento dele em uma página do Google ou em uma rede social. Não se deve usar o mesmo anúncio”, frisa o consultor Conrado Adolpho.

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As ferramentas de SMM à mão

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Rogério Angelim, gerente de marketing e planner digital da Imobiliária Eduardo Feitosa.

Com as análises de informações, pesquisa e dados sobre perfil do internauta, esse mar realmente não parece ter fim, segundo os especialistas, que reafirmam que cada vez mais o SMM trará novos horizontes e, com eles, novos benefícios diretos. “Temos ferramentas como Analytics, que mostra com detalhes o trafego do seu site, quais palavras geram mais visitas, quais páginas são mais visualizadas, tempo de navegação, navegabilidade da página, todo envolvimento de WEB Analyticis se consegue com o Google Analytics. Temos o Google Trends que dá uma visão de como se comportam a busca por determinados termos, períodos sazonais com maior índices de pesquisa, comparação com marcas concorrentes para entender como é o seu posicionamento e de outras marcas em outras regiões do país e do mundo, ferramentas de monitoramento que hoje proporcionam um acompanhamento em tempo real de citações a sua marca, e o Google AdPlanner que mostra quais páginas web são interessantes para serem utilizadas na sua campanha, quais negociam anúncios tradicionais e quais recebem peças da Rede Display do Google Adwords. Todo esse processo ainda é muito pouco usado em nosso mercado, falta integração dos diversos canais das agências com profissionais especializados neste segmento de SEM”, pontua Rogério Angelim, gerente de marketing e planner digital da Imobiliária Eduardo Feitosa.

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